Sobre o Caboclo Pena Dourada

Sobre o Caboclo Pena Dourada temos que em tempos remotos foi Cacique de Penas , pai de Raio de Sol , esposa amada do Cavaleiro da Estrela Guia. O bondoso Cacique, socorreu o Cavaleiro na hora de sua dor de seu sofrimento a pedido de João da Mina , grandioso espírito de luz da linnha africana, que a todos socorria e ensinava.

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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Hino Para Oxalá

Por que devemos firmar o nosso Anjo da Guarda


Por que firmamos Anjo de Guarda?? Texto enviado por Pai Géro Dirigente do C.E.U. ESPERANÇA CENTRO ESPIRITUALISTA DE UMBANDA ESPERANÇA http://www.umbandadobem.com/ceu/                
Quando firmamos uma vela para nosso anjo, não estamos dando-lhe luz, mas sim criando um campo de proteção a nossa volta ígneo, ou seja, a partir da chama da vela nosso anjo irradia uma energia ígnea para consumir campos negativos, afastar espíritos desequilibrados e iluminar nosso mental para podermos receber suas orientações através da intuição. Da mesma forma que não encontramos lógica em se firmar esta vela acima ou abaixo de nossa cabeça, pois de um momento que ela tenha sido devidamente consagrada aonde a mesma ficará firmada seja em cima de nossa cabeça ou abaixo da mesma não fará a menor diferença. Quando ofertamos a nosso anjo a água, também não estamos matando sede de ninguém, mas tão somente utilizando-se de um elemento aquático para purificação de nosso espírito. Esperamos que com esta pequena contribuição possamos mostrar um dos fundamentos dos rituais de Umbanda. Saravá à todos. Pai Géro

Ervas para Benzimentos

 Ervas utilizadas nos benzimentos

Texto 
Arruda


Apesar de ter aplicação na medicina natural e até na preparação de bebidas, a arruda ficou famosa mesmo pelos seus "poderes" contra o mau-olhado e outras vibrações negativas.
Não é fácil determinar quando surgiu a fama da arruda (Ruta graveolens) como erva protetora. O que se sabe é que em culturas muito antigas, são encontradas referências sobre seus poderes contra as "más vibrações" e seu uso na magia e religião. Na Grécia antiga, ela era usada para tratar diversas enfermidades, mas seu ponto forte era mesmo contra as forças do mal. Já as experientes mulheres romanas costumavam andar pelas ruas sempre carregando um ramo de arruda na mão - diziam que era para se defenderem contra doenças contagiosas mas, principalmente, para afastar todos os males que iam além do corpo físico (e aí se incluíam as feitiçarias, mau-olhado, sortilégios, etc.).Na Idade Média - época em que acreditava-se que as bruxas só poderiam ser destruídas com grandes poderes como o do fogo - a arruda reafirmou sua fama, pois seus ramos eram usados como proteção contra as feiticeiras e, ainda, serviam para aspergir água benta nos fiéis em missas solenes. O uso desta planta nas práticas mágicas do passado é impressionante. Em todas as referências pesquisadas, encontrei receitas que empregam a arruda como ingrediente. William Shakespeare, na obra Hamlet, se refere à arruda como sendo "a erva sagrada dos domingos". Dizem que ela passou a ser chamada assim, porque nos rituais de exorcismo, realizados aos domingos, costumava-se fazer um preparado à base de vinho e arruda que era ingerido pelos "possessos" antes de serem exorcizados pelos padres.A fama atravessou séculos e fronteiras: no tempo do Brasil Colonial a arruda podia ser vista com freqüência, repetindo a performance dos tempos antigos, só que desta vez, associada aos rituais africanos.Numa famosa pintura intitulada "Viagem Histórica e Pitoresca ao Brasil, o artista Jean Debret retrata o comércio da arruda realizado pelas escravas africanas. O galho de arruda era vendido como amuleto para trazer sorte e proteção. E não eram apenas as escravas que usavam os galhinhos da planta ocultos nas pregas de seus turbantes - as mulheres brancas colocavam o galhinho estrategicamente escondido nos seios. Outro fator teria reforçado o valor da arruda naquela época: a infusão feita com a planta era usada como uma espécie de anticoncepcional e abortivo.Medicinal, com reservas Também conhecida como arruda-dos-jardins, arruda-fedorenta ou ruta-de-cheiro-forte, a arruda é uma representante da Família das Rutáceas. É uma planta considerada sub-arbustiva ou herbácea, lenhosa, que apresenta caule ramificado, pequenas folhas verde-acinzentadas e alternadas. As flores também são pequenas e de coloração amarelo-esverdeada. Originária da Europa, mais especificamente do Mediterrâneo, a arruda se dá muito bem em solos levemente alcalinos, bem drenados e ricos em matéria orgânica. A planta necessita de sol pleno pelo menos algumas horas por dia. Sua propagação se dá por meio de estacas ou sementes.Trata-se de uma planta muito resistente que, se atendidas suas necessidades básicas de cultivo, dificilmente apresentará problemas. A colheita normalmente pode ser feita cerca de 4 meses após o plantio.Quanto às propriedades medicinais da arruda é interessante, antes de prosseguir, fazer uma observação: há séculos, divulga-se que a planta apresenta propriedades muito ligadas ao desejo sexual masculino e feminino, mas de formas diferentes: seria um anafrodisíaco (ou anti-afrodisíaco) para os homens e um excitante para as mulheres. Ainda não foi possível comprovar a veracidade dessas indicações, entretanto, nos escritos (datados de 1551) de Hieronymus Bock, considerado um dos primeiros botânicos da história, havia a recomendação para que monges e religiosos ingerissem a arruda, misturada aos alimentos e às bebidas, para garantir a pureza e castidade. A verdade é que esta planta era realmente muito abundante nos jardins dos mosteiros. Uma substância chamada rutina é a responsável pelas principais propriedades da arruda. Ela é usada para aumentar a resistência dos vasos sangüíneos, evitando rupturas e, por isso é indicada no tratamento contra varizes. Popularmente, seu uso é indicado para restabelecer ou aumentar o fluxo menstrual e, também, para combater vermes. Como uso tópico, o azeite de arruda, obtido com o cozimento da planta, é aplicado para aliviar dores reumáticas. Seu aroma forte e característico, detestado por muita gente, é considerado um ótimo repelente, por isso a arruda é colocada em portas e janelas para espantar insetos.A arruda é, ainda, muito usada na medicina popular para aliviar dores de cabeça e, segundo os especiaistas, isso pode ser explicado porque ela apresenta um óleo essencial que contém undecanona, metilnonilketona e metilheptilketona. Todas essas substâncias de nomes complicados possuem propriedades calmantes e, ao serem aspiradas, aliviam as dores e diminuem a ansiedade.Apesar das propriedades medicinais conhecidas há séculos, o uso interno desta planta é desaconselhado pois, em grande quantidade, a arruda pode causar hiperemia (abundância de sangue) dos órgãos respiratórios, vômitos, sonolência e convulsões. O efeito considerado "anticoncepcional" na verdade é abortivo, pois provém da inibição da implantação do óvulo no útero, sendo que a ingestão da infusão preparada com a arruda para esta finalidade é muito perigosa e pode provocar fortes hemorragias. Por incrível que pareça, a arruda também teve muita aplicação na culinária: suas sementes e folhas eram usadas para enriquecer saladas e molhos, em virtude das boas doses de vitamina C contidas na planta. Seu uso era considerado uma defesa contra o escorbuto. Além disso, a planta também servia para aromatizar vinhos.No sul da Europa, as raízes da arruda eram adicionadas a um tipo de bebida chamada "grappa", para funcionar como um licor digestivo.CuriosidadeExiste uma história muito curiosa - não se sabe se é verdadeira - que relaciona a arruda ao "Vinagre dos quatro ladrões". Conta-se que no século XVII, a Europa padeceu com uma grande peste que dizimava centenas de pessoas por semana. Ninguém conhecia a causa da doença e muito menos a cura. Grandes cruzes vermelhas eram pintadas nas paredes para marcar as casas de pessoas atacadas pela praga. Alguns ladrões, porém, pareciam completamente imunes: entravam naquelas casas, roubavam os mortos e não adoeciam. Muito tempo depois, descobriu-se como esses ladrões se protegiam - era com uma espécie de vinagre, preparado com arruda, sálvia, losna, menta, alecrim, lavanda, cânfora, alho, noz-moscada, cravo e canela; tudo bem misturado em um galão de vinagre de vinho. 

Senzala da Luz - Benzimentos

http://senzaladaluz.blogspot.com/search?updated-min=2011-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&updated-max=2012-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&max-results=11

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Teogonia Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada Oxóssi

O conhecimento é uma qualidade de Deus e Oxóssi é sua divindade unigênita, pois ele é em si mesmo o Conhecimento Divino que ensina a todos a conhecerem a si mesmos a partir do conhecimento sobre o Nosso Divino Criador.
Olorum gerou em si o conhecimento sobre tudo o que criou , e porque tem conhecimento sobre toda a Sua criação, então o conhecimento assumiu a condição em uma qualidade Sua , à qual Ele imantou como um dos mistérios da criação, já que gera em Si o conhecimento e é em Si onisciente ou conhecedor de tudo ou de todos.Portanto Oxóssi rege sobre o conhecimento e irradia o tempo todo a todos porque é em Si mesmo o Conhecimento Divino ou a Onisciência de Deus.
Oxóssi, por ser unigênito na Qualidade Divina do conhecimento também gera em si conhecimentos Divinos e aqueles sobre a gênese das coisas de Deus.

Por ser a divindade manifestadora do conhecimento Divino ,Oxóssi está em todas as qualidades de Deus manifestadas pelas suas outras divindades , assim como todas estão em Oxóssi que é em si mesmo o conhecimento.
Seu magnetismo expande as faculdades dos seres,aguça o raciocínio e os predispõe a ir buscar a gênese das coisas (o conhecimento sobre elas).
Logo Oxóssi é o estimulador natural dessa busca incessante sobre a nossa própria origem Divina. E quanto mais sabemos sobre ela ,maior é o nosso respeito pela criação e mais sólida é a nossa fé em Deus, pois passamos a encontrá-lo em nós mesmos.
Então, Oxóssi está tanto na natureza como nos conhecimentos sobre a criação, assim como está na fé,porque nos esclarece sobre a nossa origem Divina e nos ensina a conhecermos Deus racionalmente.
Por sua natureza expansiva e seu grau de divindade guardiã dos mistérios da natureza Oxóssi é descrito nas lendas como um Orixá Caçador e ligado às matas , (aos vegetais. Como  divindade ele é o estimulador da busca do conhecimento e guardião dos segredos medicinais das folhas.
Enfim, Oxóssi é a divindade doutrinadora que esclarece os seres e a partir do conhecimento vai religando-os ao Pai Maior, o Divino Criador.
Por isso e porque o conhecimento está em tudo ou em todos, assim como está nas outras qualidades Divinas, Oxóssi é interpretado como a divindade que atua nos seres aguçando o raciocínio , esclarecendo-se e expandindo-se as faculdades mentais ligadas ao aprendizado das coisas religiosas , estimulando-os a buscar em Deus sem fanatismo ou emotividade , mas com conhecimento e fé.
O magnetismo de Oxóssi expande a capacidade de raciocinar e fortalece o mental do ser,pois o satura com a sua essência e energia vegetal curadora de doenças emocionais e dos desequilíbrios energéticos que surgem a partir da vivenciação de conceitos errôneos paralisadores da evolução como um todo na vida das pessoas.
Oxóssi polariza e se completa com Obá na linha do conhecimento Divino.
Oferenda - velas brancas ,verde e rosa ,cerveja,vinho doce e licor de cajú ,flores do campo e frutas variadas ,tudo depositado em bosque e matas.
Água de Oxóssi para lavagem de cabeça - (amaci) água da fonte com guiné macerada ,curtida por três dias.

Esclarecendo o que vem a ser pemba

A pemba é um objeto presente nos rituais Africanos mais antigos que se conhecem. É fabricada com o pó extraído dos Montes Brancos Kimbanda e a água que corre no Rio Divino U-Sil. É empregada em todos os Rituais, Cerimônias, festas, reuniões ou solenidades africanas. Os médiuns e as Entidades Espirituais que atuam no Centro de Umbanda costumam desenhar pontos riscados com um giz de calcário, conhecido como pemba. Esse giz mineral, além de ser consagrado para ser utilizado nos pontos riscados, também pode ser transformado em pó e utilizado para outros fins de rituais de limpeza e proteção.

Quando uma Entidade se utiliza da pemba para riscar os pontos, ela está movimentando energias sutis que, dependendo dos sinais, pode atrair ou dissipar energias. Esses símbolos estão afins a determinada “egrégoras”, firmadas no astral, há muito tempo. A pemba, quando cruzada, ou seja, magnetizada por uma Entidade, se torna um grande fixador de enrgias. A pemba é utilizada para riscar pontos nas pessoas, mas principalmente riscar os pontos no chão. Cada ponto tem um significado que só a Entidade que risca sabe. O ponto quando riscado está criando um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos e vibrações diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às vezes, sente sente as vibrações, dependendo de sua sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem luzes diversas. A cor da pemba varia de acordo com as regras de cada centro e de acordo com cada Entidade. Normalmente ela é branca.
O termo pemba também é utilizado com relação à Lei Maior, ou seja os trabalhadores da Umbanda são filhos de pemba, ou seja, estão sobre a proteção da Lei Maior. Dependendo de sua conduta, cumprindo com suas tarefas no Bem, ele estará protegido, ou caso não aja decentemente, lhe será cobrado para que responda pelo mal que fez e volte a caminhar no Bem.

As entidades espirituais que atuam no movimento umbandista se identificam por meio de sinais riscados traçados geralmente com um giz de cálcario conhecido como pemba. Esse giz mineral além de ser consagrado para ser utilizado para escrita magística também, pode ser transformado em pó e utilizado de outras formas em preparações ou cerimônias ritualísticas.
E o termo pemba também é utilizado na Umbanda no sentido de Lei, ou seja, confome o linguajar de Umbanda, se você está sob a Lei de Pemba, você está sob a Lei maior e isso possui sérios agravantes principalmente se o médium se desvirtua de sua tarefa pois, nesses casos a cobrança é imediata. Então, estar sob a corrente de Umbanda, estar sob a Pemba, exige muita cautela mas, por outro lado se o médium procurar cumprir suas tarefas e mantiver uma postura decente, essa mesma lei pode lhe ser favorável e muito útil porque o mesmo terá o auxílio direto das entidades do astral que lhe proporcionarão forças para trabalhar com dignidade. 

Voltando a questão da escrita, não é sem propósito que a Lei é chamada de pemba pois, essa escrita sagrada traduz sinais que estão afins a determinadas egrégoras firmadas no astral a muito tempo. Assim, quando uma entidade de fato traça um sinal de pemba, ela está movimentando energias sutis, que na dependência da variação desses sinais, pode atrair ou dissipar determinadas correntes de energia com muita eficácia. 
Esse assunto é muito complexo para ser aberto em um livro mas, no decorrer dos trabalhos mediúnicos o médium de fato e direto, segundo sua missão, merecimento e afinidades, pode receber determinados sinais diretamente das entidades espirituais que o assistem, no intuito de escudar esse médium contra o assédio do sub-mundo espiritual. 

E se o leitor quiser se aprofundar um pouco mais nesse tema poderá consultar diversas outras obras que tratam com mais profundidade sobre o assunto, em especial recomendamos os livros: ‘O Arqueômetro’ de autoria de Saint Yves D´Alveydre, ‘Pemba- A grafia dos Orixás’ de autoria de Ivan Horácio Costa ( mestre Itaoman ) e ‘Umbanda – a Proto-síntese Cósmica’ de autoria de F. Rivas Neto ( mestre Arapiaga ); Essas obras trazem muitas elucidações reais sobre o tema.
No mais, lembramos que esses sinais são de uso exclusivo das entidades vinculadas a corrente astral de Umbanda e sua utilização inadequada por pessoas não habilitadas podem gerar uma série de aborrecimentos bem como atrair determinadas energias e entidades de difícil controle que podem levar o indivíduo às raias da loucura. 

Portanto, é necessária muita cautela nesse tema e é por isso que na maioria dos terreiros, casas, agrupamentos ou templos de Umbanda, as entidades ensinam e utilizam outros sinais mais simples e simbólicos, apenas de efeito elucidativo (por exemplo: corações, machados, espadas etc.), deixando os verdadeiros sinais de pemba velados até que os filhos amadurecem e possam adentrar nesses campos com segurança. Enfim, o importante é procurar trabalhar e deixar que as entidades atuem da forma que elas acharem conveniente porque com certeza elas nos conhecem melhor do que nós próprios pensamos que nos conhecemos...

OXUMARÉ

Oxumaré é o Trono de Deus que se polariza com Oxum na Coroa Planetária.
O divino Trono da Renovação da Vida é a divindade unigênita de Deus, que é em si mesmo o Orixá que tanto dilui as causas dos desequilíbrios quando gera em si as condições ideais para que tudo seja renovado,já em equilíbrio e harmonia . Ele é o próprio mistério renovador e diluidor do Criador.
Oxumaré é um Orixá ativo, cósmico e temporal, que só entra na vida dos seres caso as ligações (agregações) entrem em desequilíbrio ou desarmonia . Sim, ele desfaz o que perdeu a sua condição ideal de existência e deve ser diluído para ser reagregado já em novas condições.
O magnetismo de Oxumaré é composto de duas ondas entrecruzadas que seguem numa mesma direção ,criando uma radiação ondeante e diluidora de todas as agregações ,cujo magnetismo agregador é de natureza masculina; outra dilui as agregações de natureza feminina , dissolvendo compostos energéticos, alterando estruturas elementares , e modificando sentimentos.
Mas o Mistério de Oxumaré não se limita apenas a diluir as agregações instáveis ,pois seu fator renovador traz em si a qualidade de renovar um meio ambiente,uma agregação, uma energia,até os sentimentos íntimos dos seres.
Oxumaré, tal como revela a lenda dos Orixás, é a renovação contínua em todos os sentidos da vida de um ser.
Sua identificação com Dá , a Serpente do Arco Iris ,não aconteceu por acaso,pois Oxumaré irradia sete cores que caracterizam sete irradiações Divinas , que dão origem às Sete linhas da Umbanda , e ele atua nas sete irradiações como elemento renovador.
Oxumaré está na linha da fé como elemento renovador da religiosidade dos seres. Ele está na linha da concepção como renovador do amor e da sexualidade da vida dos seres. Está na linha do Conhecimento ,como renovador dos conceitos ,teorias e fundamentos . Está na lista da Justiça, como renovador dos juízos.
Oxumaré está na linha da Lei como renovador das ordenações que acontecem de tempos em tempos.
Ele está na linha da Evolução como renovação das Doutrinas Religiosas, que aperfeiçoam o saber e aceleram   a evolução dos seres.
Está na linha da Geração como a renovação ou como o próprio reencarne que acontece quando um espírito troca a pele , tal como faz Dá a Serpente Encantada do Arco iris. 
Por isso, ele é o Orixá que forma par natural com Oxum, Orixá da agregação . Onde ela agregou mas já foi superada ou entrou em desequilíbrio com o resto da criação, aí entra Oxumaré ,diluindo tudo e gerando em si e de si ,as condições ideais para que tudo se renove e, mantendo suas qualidades originais e sua natureza individual , continua a fazer parte do todo ,que é Deus.
O Mistério "Sete Cobras" é um dos aspectos negativos ou opostos do Divino Oxumaré, que é em si mesmo o arco iris ou as sete irradiações Divinas.
Observem que aqui "serpente" ou "cobra"não tem conotação de réptil mas simboliza as qualidades afins com os campos vibratórios dos Orixás. E se no aspecto positivo assumem cores radiantes , no aspecto negativo assumem cores absorventes, todas afins com as faixas nas quais são retidos os seres que emocionalizam suas vidas até um grau afim com os pólo negativo dos orixás cósmicos.
Oferenda: Uma vela branca, uma vela azul, uma vela verde,uma vela dourada,uma vela vermelha,uma vela roxa, uma vela rosa,uma vela marrom terroso.
Colocar no centro de um melão aberto numa das pontas e derramar dentro dele um pouco de champanhe rosé,o resto deve ser deixado na garrafa dentro do circulo de velas coloridas.
Fazer esta oferenda próximo a cachoeiras.
Acender a vela branca e circulá-la com as sete velas coloridas ,guardando uma distância de 30cm entre o centro e o circulo colorido.
Deve-se então circundar as velas com flores multicoloridas e invocar Oxumaré, solicitando a ele o que se deseja , mas que seja justo para que acelere suas evoluções ,pois se os pedidos não forem corretos e justos , se forem tortos, uma serpente começará a segui-los , e mais dia , menos dia , serão" picados" por ela de forma tão mortífera que os paralisará.
Água de Oxumaré para lavagem da cabeça (Amaci) Água de cachoeira com folhas de louro e pétalas de flores variadas curtidas por tês dias.

OXUM

Oxum é o Trono Natural irradiador do Amor Divino e da Concepção da vida em todos os sentidos. Como "Mãe da Concepção" estimula a união matrimonial , e como Trono Mineral ,favorece a conquista da riqueza espiritual e abundância material.
Está em tudo o que Deus criou. Ela é tida como a Orixá do amor ou do coração ,ou da concepção ,porque é em si mesma o Amor Divino e o manifesta a partir de si mesma ,dando origem às agregações.
A partir das agregações Oxum dá origem à concepção das coisas, já que ela é a própria Concepção Divina como qualidade do Divino Criador, que individualizou essa Sua qualidade nela, a sua divindade do amor que agrega e concebe.
Oxum desperta o amor nos seres, agrega-os e dá inicio à concepção da própria vida. Por isso é tida como a divindade que rege a sexualidade , pois por seu intermédio a vida é concebida na carne, multiplicando-se.
Tudo o que se liga no Universo , só se liga por causa do magnetismo agregador de Oxum, ela está em todas as outras qualidades de Deus, em todos os sentimentos, em toda a criação ,em todos os seres, em todas as criaturas e em todas as espécies.
Oferenda: Velas brancas,azuis e amarelas ;flores ,frutos e essências de rosas, champanhe e licor de cereja, tudo depositado ao pé de uma cachoeira .
Água de Oxum para lavagem de cabeça (amaci) água de cachoeira com rosas brancas maceradas e curtidas por três dias.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PRETO VELHO - GIRA DE PRETOS VELHOS COM 23 PONTOS ***

OIÁ - ORIXÁ DO TEMPO

Oiá tempo é uma divindade ativa da fé e é em si mesma esse Mistério Divino,pois gera religiosidade o tempo todo e irradia ou absorve conforme as necessidades . Se o ser é apático ela recebe , e se está emocionado a tem esgotada.
Oiá é a Orixá do tempo e seu campo preferencial de atuação é o religioso, em que atua como ordenadora do caos religioso,ativando ou paralisando a qualidade religiosa dos seres movidos pelos sentimentos de fé.
Suas irradiações espiraladas são alternadas e direcionadas . Só alcançando os seres apatizados ou emocionados , esgotando o emocional dos seres que estão vibrando sentimentos religiosos desequilibrados.
As hierarquias de Oiá são formadas por seres naturais circunspectos ,glacialmente religiosos e muito respeitosos,não admitindo arroubos religiosos de espécie alguma à volta deles.
Todos os seres que pregam sua fé com emotividade e vivenciam com fanatismo estão sob a radiação de Oiá.
Todo ser que faz de sua prática religiosa um ato de exploração da boa fé de seus semelhantes será punido por Oiá e será esgotado em seus enregelantes domínios cósmicos.
Oiá é muito temida ,pois é a própria frieza de Deus para com seus filhos ,desvirtuados ,que deturpam Sua Qualidade Divina (a Fé) e a partir de seus vícios e desequilíbrios ,ludibriam a boa fé de seus semelhantes.

Oferenda: sete velas brancas, sete  velas azul escuras e sete velas pretas com cada uma das cores formando o vértice de seu triangulo de forças, que deve estar com o vértice voltados para a pessoa ,enquanto a oferenda.
Após acender as velas e firmar o triangulo de forças ,deve-se partir um coco seco e colher sua agua .Depois deposite agua dentro de uma das partes do coco e acrescente licor de anis, que é sua bebida ritual.
Também deve-se partir um maracujá ao meio e colocá-lo ao lado do coco,pois esta é sua fruta ritual.(pode-se também usar um coco verde).
Após firmar esta oferenda e cobrir a cabeça com um pano branco diz-se o seguinte:

"Amada e Divina mãe do tempo ,aceite essa minha oferenda como prova da minha fé e do despertar consciente da minha religiosidade e fé em nosso Divino Criador Olorum. Solicito que me receba em seu amor  e me ampare em todos os sentidos durante esta minha jornada evolucionista no plano material e que me livre das tentações , cubra-me com seu véu cristalino da fé em Olorum e conduza-me pelo caminho reto que leva todos os seus filhos na direção da luz ,e de nosso Pai Eterno.
Apresentou-me como " fulano de tal" , e solicito seu amparo e sua guia luminosa para que eu me conduza tanto nos campos luminosos quanto nos campos escuros , sempre iluminado pela sua luz cristalina e amparado por minha fé no Nosso Divino Criador.
Salve, Mãe Divina da Fé!
Salve ,Minha Mãe Senhora do Tempo!
Salve, Oxalá luz da minha fé e regente da eternidade dos que vivem na fé de Olorum!".
Após proferir com amor e fé essa oração , levantar a cabeça (coberta) e estender as mãos para o alto ,absorvendo as irradiações cristalinas de amor e fé que ela estará enviando.

Água de Oiá para a lavagem de cabeça: Agua de chuva com folhas de eucalipto e pétalas de rosa amarela maceradas e curtidas por sete dias.

OXALÁ (TEOGONIA)

OXALÁ é o Trono Natural da fé e é , em si mesmo esse Mistério Divino ,pois gera fé o tempo todo e irradia de forma reta alcançando a tudo e a todos.
As hierarquias de Oxalá são formadas por seres naturais descontraídos, profundamente religiosos, calorosos e amorosíssimos.
Todo ser que prega a fé com um sentimento puro de amor a Deus e a vivencia com virtuosismo está sob a irradiação de Oxalá.Todo ser que faz a prática da caridade religiosa um ato de fé em Deus é também amparado por Oxalá em sua irradiação abrasadora.
Oferenda : Velas brancas ,frutas, coco verde, mel e flores depositados em bosques, campinas,praias limpas, jardins floridos.


Amaci - Água para lavagem da cabeça: agua de fonte com rosas brancas e folhas de manjerona maceradas e curtidas por 24horas.

Punto Caboclo - Cabocla Jurema - dentro da mata virgen - (Con letra)

Punto Caboclo - Caboclo Cobra Coral (Con letra).wmv

ponto de boiadeiro

SAUDAÇÃO DO CABOCLO BOIADEIRO 3 em 1

Boiadeiro Chapéu de Couro

Ponto - Cigana - Sandália de pau

Clementina de Jesus - "Marinheiro Só" (1982)

PONTO DE BAIANO

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

BAIANOS

Baianos e baianas têm a aparência de caboclos e pretos-velhos, mas se comportam como exus e pombagiras. Fumam cigarro de palha e tomam batida de coco. Os homens geralmente carregam uma peixeira.                                       
O baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" como ajudar. A bravura e irreverência atribuídas ao migrante nordestino parece ser responsáveis pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade freqüente e importante nas giras paulistas nos últimos anos.                    
Quando se referem aos exus usam o termo "Meu Cumpadre". Mostram com eles afinidade e proximidade e costumam trazer recados do "povo da rua". Enfrentam os invasores (quiumbas, obsessores) de frente, com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu pode comigo". Buscam sempre o encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se estão "trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo e também estão ali para passarem um pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.                                 
Segundo Reginaldo Prandi, lembrando que as giras (sessões rituais de transe com canto e dança) são organizadas separadamente para entidades da "direita" (Umbanda) e da "esquerda" (Quimbanda), pode-se imaginar que os baianos — de criação muito recente, mas com uma popularidade que já quase alcança a dos caboclos e pretos-velhos — são uma espécie de disfarce pelo qual exu e pombagira podem participar das giras da "direita" sem serem molestados. Se um dia a umbanda separou o bem do mal, com a intenção inescondível de cultuar a ambos, parece que, com o tempo, ela vem procurando apagar essa diferença.              
Os baianos representariam esta disposição. São as entidades da "direita" mais próximas da "esquerda" em termos do comportamento estereotipado: eles são zombeteiros, não escondem seu escárnio por fiéis e clientes e falam com despudor em relação às questões de caráter sexual, revelando com destemperança, para quem quiser ouvir, pormenores da intimidade das pessoas.                                                                                                                      

Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, com sotaque característico. Gostam de conversar e contar causos, mas também dão broncas. São “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversam bastante, falam baixo e manso, são carinhosos e passam segurança ao consulente.                       
Entre os nomes mais populares de baianos estão Severino da Bahia, Zé do Coco, Zé da Lua, Simão do Bonfim, João do Coqueiro, Maria das Graças, Maria das Candeias, Sete Ponteiros, Mané Baiano, Zé do Berimbau, Maria do Alto Do Morro, Zé do Trilho Verde, Maria do Balaio, Maria Baiana, Maria dos Remédios e Zé do Prado.      
Alguns dos baianos supostamente foram cangaceiros do bando de Lampião, associados no imaginário popular à luta contra as injustiças sociais. Incluem, além do próprio Lampião, Corisco, Maria Bonita, Jacinto, Raimundo, Cabeleira, Zé do Sertão, Sinhô Pereira, Chumbinho e Sabino.                            
Têm sido associados aos baianos também os "malandros", inspirados no tipo tradicional do malandro carioca, possivelmente as entidades mais ambivalentes da Umbanda, visto aparecerem também como exus. O mais conhecido é Zé Pelintra, ao qual se associam Zé Navalha, Sete-Facadas, Zé-da-Madrugada, Sete-Navalhadas, Zé da Lapa e Nego da Lapa, entre outros.          
Uma lenda de caboclo baiano                    
Um conto diz que Lampião e Zé Pelintra, no               além, estiveram a ponto de brigar por causa de Maria Bonita, que o segundo resolveu cortejar. Lampião ameaçou mandar Zé Pelintra para o inferno. Zé Pelintra zombou da ameaça, pois "entra e sai de lá a toda hora". Lampião puxou a peixeira e chamou seu bando, ou falange, quando apareceu Severino da Bahia, antigo babalorixá de Salvador, que conhecia os dois e tinha muita afeição por ambos.                 
Severino convenceu-os a baixar as armas e conversar. Explicou a Zé Pelintra que Lampião lutou por melhores condições de vida, distribuição de terras, fim da fome e do coronelismo, mas cometeu muitos abusos. Zé Pelintra, por sua vez, nascera no sertão de Alagoas, migrara para o Rio de Janeiro e driblara os problemas da vida, a fome, a miséria, as tristezas, com seu jeito esperto e foi transformado em herói depois da morte, embora também cometesse muitas violências. Zé e Lampião descobriram que eram muito parecidos e igualmente valorizavam a justiça, a amizade e a lealdade. Severino então convenceu-os a participar da Umbanda e trabalhar pelos pobres e excluídos.                                    
Teria nascido então a Linha mais alegre, divertida e "humana" da Umbanda, que acolheria a qualquer um que quisesse lutar contra os abusos, a pobreza, a injustiça, as diferenças sociais e teria na amizade e no companheirismo sua marca registrada. Uma linha de guerreiros, que um dia excederam-sese na força, mas que passavam a lutar com as armas da paz. Dizem ainda que continua a queda de Zé Pelintra por Maria Bonita, mas ele a deixou de lado devido ao respeito pelo irmão Lampião e passou a namorar uma pombagira que conheceu na Umbanda. É por isso que ele às vezes "baixa" disfarçado de exu. 

MARINHEIROS

Os marinheiros, ou os espíritos da marujada, sabem ler e contar, e conhecem dinheiro, o que não acontece com nenhuma outra entidade, mas carregam muito dos vícios do homem do mar: gostam muito de mulher da vida, bebem em demasia, são sempre infiéis no amor, e caminham sempre com pouco equilíbrio.
São considerados parte da linha de Iemanjá (povo d'água). Supõe-se que são espíritos de antigos piratas, marujos, guardas-marinhas, pescadores e capitães, pessoas que viviam e trabalhavam no mar. Sua mensagem é que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia com fé, confiança e trabalho em grupo. Mostram-se sinceros, sentimentais e amigáveis, dispostos a ajudar em problemas amorosos ou na procura de alguém, de um "porto seguro".
A gira de marinheiro e alegre e descontraída. São sorridentes e animados e com palavras macias e diretas eles vão bem fundo na alma dos consulentes e em seus problemas. A marujada coloca seus bonés e, enquanto trabalham, cantam, fumam charuto, cigarro ou cigarrilha e bebem uísque, vodka, vinho e cachaça.
Geralmente usam bonés, calças, camisa e jaleco, em cores brancas de marinheiros e azul marinho de capitães. Recebem oferendas na orla do mar, em lugar seco sobre a areia. Recusam conchas, estrelas do mar ou outros objetos do mar, pois consideram que ter objetos pertencentes ao mar traz má sorte. Aceitam, porém, oferendas de búzios, que não são considerados adornos, mas símbolos de dinheiro.
Entre os nomes mais conhecidos, estão Seu Martim Pescador, Maria do Cais, Chico do Mar, Beira Mar ,Zé Pescador, Seu Marinheiro Japonês e Seu Iriande. 

CIGANOS

Ciganos dizem o futuro mas não costumam curar. São cultuados com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas, cristais, incensos e cristais. A padroeira dos ciganos, Santa Sara Kali é tida como sua orientadora e suas imagens são também encontradas nos altares. Quando incorporados, costumam falar "portunhol", dançam e tocam castanholas e pandeiros. Alguns exus e pombagiras também se apresentam como ciganos e ciganas.
Supõe-se que os ciganos que se apresentam como caboclos foram, na maioria, nômades que viveram nos séculos XIV, XV e XVI e que alguns presenciaram fatos históricos notáveis, como a Queda da Bastilha na França.
Entre os nomes mais conhecidos, incluem-se os ciganos Pablo, Vladimir, Ramirez, Juan, Pedrovic, Artemio, Iago, Igor, Vitor e as ciganas Esmeralda, Cármen, Salomé, Carmencita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Vlavira, Iiarin e Sarita. São comemorados no dia 24 de maio, dia de Santa Sara. 

BOIADEIROS

O boiadeiro é um caboclo que em vida foi um valente do Sertão e está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuisse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.
Veste-se como o sertanejo, com roupas e chapéu de couro, e cumpre um papel ritual muito semelhante aos caboclos índios que se cobrem de vistosos cocares. Igualmente são bons curadores. Fazem o "descarrego" com chicotes, laços e berrantes. Gostam de "meladinha", cachaça com mel de abelha, mas também bebem vinho. Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos. Seus pratos preferido são carne de boi com feijão tropeiro, abóbora e farofa de torresmo.
Enquanto os "caboclos de penas" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores. De voz grave, é difícil entender o que falam. Supõe-se que os boiadeiros trazem lições do tempo onde o respeito aos mais velhos, a natureza, a família e aos animais falavam mais alto. Representam a liberdade e a determinação do homem do campo, em contraste com a humildade dos pretos-velhos.
Quando o médium é mulher, o boiadeiro pede para que seja colocado um pano colorido, bem apertado, para disfarçar os seios. Estes panos acabam, por vezes, como um identificador da entidade, pela sua cor ou composição de cores.
Entre os nomes mais conhecidos incluem-se Boiadeiro Sete-Luas, Caboclo Jundiara, Caboclo Jubiara, Caboclo Sete Laços, Caboclo Laço de Ouro, Caboclo Lajedo Grande, Navizala, Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro do Laço da Mata Virgem, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Zé do Laço, Boiadeiro do Chapadão e Boiadeiro das Sete Campinas, Alfredo Mineiro e João Carreiro 

Oferenda de Agradecimento

Esta oferenda é feita em função do auxilio já recebido.
Muitas vezes estamos envoltos em dificuldades de tal importância que nos ajoelhamos e ali , em nossa fé, invocamos Deus e algum dos seus mistérios e divindades e pedimos-lhes que nos ajudem ,que depois lhes ofertaremos algo em agradecimento.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Caboclos de Penas

Caboclo Ogum Rompe Mato
O caboclo tradicional é valente, selvagem antes de tudo, destemido, intrépido, ameaçador, sério e muito competente nas artes das curas. Enquanto o preto-velho consola e sugere, o caboclo ordena e determina. O preto-velho acalma, o caboclo arrebata. O preto-velho contempla, reflete, assente, recolhe-se na imobilidade de sua velhice e de seu passado escravo; o caboclo mexe-se, intriga, canta e dança como o guerreiro livre que um dia foi. Os caboclos fumam charuto e os preto-velhos, cachimbo; todas as entidades da umbanda fumam — a fumaça e seu uso ritual marcam a herança indígena da umbanda, aliança constitutiva com o passado do solo brasileiro.                    
Produto do sincretismo da pajelança indígena com os ritos afro-brasileiros, os caboclos resultam da associação dos orixás, voduns e inquices com figuras ameríndias, ligadas às florestas e às matas.                          
Os caboclos e caboclas geralmente são representados como indígenas muito idealizados. Freqüentemente usam cocares vistosos, calças e saiotes e raramente se assemelham aos verdadeiros indígenas brasileiros. São moldados pelos bons selvagens do imaginário nacional, tal como concebidos por José de Alencar e outros autores da literatura romântica indigenista do século XIX, e mesmo pela imagem dos índios de filmes estadunidenses.
Seus nomes ligam–se aos seus domínios e supostas origens étnicas, às vezes associado ao nome do orixá ao qual supostamente estão subordinados e do qual, muitas vezes, são uma simples transposição para o imaginário da Umbanda. Alguns deles têm nomes de personagens indígenas da história, do folclore e da literatura.

Entre os do sexo masculino mais conhecidos, contam-se: Araponga, Araribóia, Águia-Branca, Águia-da-Mata, Aimoré, Araribóia, Araúna, Arranca-Toco, Arruda, Beira-Mar, Boiadeiro, Caçador, Caramuru, Carijó, Catumbi, Cipó, Cobra-Coral , Coração da Mata, Corisco, Flecha-Dourada, Flecha-Ligeira, Flecheiro, do Fogo, Gira Mundo, Girassol, Guaraci, Guarani, Humaitá, Inca, do Vento, Jibóia, João da Mata, Junco Verde, Juremeiro, Laçador, Laje Grande, Lírio Verde, Lua, Mata Virgem, Ogum Beira-Mar, Ogum Iara, Ogum da Lei, Ogum da Lua, Ogum Malê, Ogum das Matas, Ogum Matinada, Ogum Megê, Ogum dos Rios, Ogum Rompe-Mato, Olho de Lobo, do Oriente, Oxóssi da Mata, Pajé, Pantera Negra, Pedra-Branca, Pele-Vermelha, Pena Azul, Pena-Branca, Pena-Dourada, Pena-Preta, Pena-Roxa, Pena-Verde, Pena-Vermelha, Peri, Quebra-Demanda, Rei-da-Mata, Rompe-Folha, Rompe-Mato, Roxo, Samambaia, Serra Negra, Sete-Cachoeiras, Sete-Cobras, Sete-Demandas, Sete-Encruzilhadas, Sete-Estrelas, Sete-Flechas, Sete-Folhas-Verdes, Sete-Montanhas, Sete-Pedreiras, Sol, Sultão da Mata, Tibiriçá, Tira-Teima, Treme-Terra, Tupã, Tupi, Tupi-Guarani, Tupinambá, Tupiniquim, Ubirajara, Ubirajara Flecheiro, Ubiratã, Urubatão, Vence Tudo, Ventania, Vigia das Matas, Vira Mundo, Xangô Agodô, Xangô Cao, Xangô da Mata, Xangô Pedra-Branca, Xangô Pedra-Preta, Xangô Sete-Cachoeiras, Xangô Sete-Montanhas e Xangô Sete-Pedreiras.                
Do sexo feminino, são nomes mais conhecidos: Araci, Estrela-do-mar, Caboclinha da Mata, Caçadora, Diana da Mata, Guaraciara, Iansã, Iara, Indaiá, Iracema Flecheira, Jacira, Jandira Flecheira, Jarina, Jupira, Jurema, Jurema da Mata, Jurema do Mar, Jurema do Rio, Jurema Flecheira, Juremeira, Juçara, Cabocla do Mar, Cabocla da Mata, Nanã Burucum e Oxum

História da Umbanda

Pedindo as bençãos de Deus (Pai Maior) O Caboclo Sete Encruzilhadas através do Médium Zélio Fernandino de Moraes  saúda a todos .
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As manifestações espirituais no inicio do séc.XX eram muito misturadas ,daí a necessidade de concretizar a religião (Umbanda) o que seria impossível mais adiante.
Os Mentores nessa época através de seus médiuns já vinham realizando trabalho meritório por todo o Brasil ,sede espiritual de todo o astral da religião de Umbanda.

Sobre a Umbanda:

A Umbanda é uma religião nova, com cerca de um século de existência.
Ela é sincrética e absorveu conceitos, posturas e preceitos cristãos, indígenas e afros,pois estas três culturas religiosas estão na sua base teológica e são visíveis ao bom observador.
O marco inicial da Umbanda é a manifestação do Senhor das Sete Encruzilhadas no médium Zélio Fernandino de Moraes , ocorrida em 1908, diferenciando-a do espiritismo e dos cultos de nação Candomblé.
A Umbanda tem suas origens nas religiões indígenas , africanas e cristã , mas incorporou conhecimentos religiosos universais pertencentes a muitas outras religiões.
Não tem cobrança pecuniária, não recorre ao sacrifício de animais e à catulagem de cabeça.
Para a Umbanda a fé é o mecanismo íntimo que ativa Deus, suas divindades, e os guias espirituais em benefício dos médiuns e frequentadores dos seus templos. 
A fé é o principal fundamento religioso da Umbanda e suas práticas ofertatórias isenta de sacrifícios são uma reverência aos Orixás , e aos guias espirituais , recomendando-as aos seus fiéis ,pois são mecanismos estimuladores de respeito e da união  religiosa com as divindades e os espíritos da natureza ou que se servem dela para auxiliarem os encarnados.
A Umbanda tem na mediunidade de incorporação o seu principal mecanismo de práticas religiosas , pois com seus médiuns bem preparados , assiste seus fiéis , auxilia na resolução de problemas graves ou corriqueiros, todos tratados com a mesma preocupação e dedicação espiritual e sacerdotal.