Sobre o Caboclo Pena Dourada

Sobre o Caboclo Pena Dourada temos que em tempos remotos foi Cacique de Penas , pai de Raio de Sol , esposa amada do Cavaleiro da Estrela Guia. O bondoso Cacique, socorreu o Cavaleiro na hora de sua dor de seu sofrimento a pedido de João da Mina , grandioso espírito de luz da linnha africana, que a todos socorria e ensinava.

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domingo, 4 de novembro de 2018

DENTRO DO ESTUDO DA UMBANDA SAGRADA BAIANOS QUEM SÃO , O QUE FAZEM

É chegado o momento de falar dos espíritos, das entidades que atuam na Umbanda, que comandam nossos trabalhos e que nos trazem mensagens do plano espiritual. Buscar-se-á abordar todas as questões inerentes ao tema, deixando claro, logicamente, que o leitor possui toda a liberdade de questionar e de mandar suas dúvidas.

Que Oxalá nos ilumine! Um bom estudo a todos!

ESPÍRITOS DA UMBANDA - BAIANOS



Seguindo nossa série de estudos que abordam os espíritos que atuam na religião de Umbanda, iremos tratar neste texto de espíritos alegres, que gostam de batuque, de dançar, de dar risada. Porém, apesar dessas características, são eles grandes trabalhadores e guerreiros da Umbanda.

Com a Linha de Baianos, passamos a tratar da chamada "Linha intermediária" ou "Linha auxiliar", designada por alguns. Essa linha intermediária, integrada por baianos, boiadeiros, ciganos e marinheiros, é assim designada em razão de agrupar falanges de trabalho que não integram a chamada "direita", que é formados por espíritos mais ligados aos Orixás, portanto tidos como mais elevados. E também por não integrarem a chamada "esquerda" que é formada por Exus e Pombagiras, os quais possuem um trabalho mais denso e específico do que os demais.

Dessa forma, são eles intermediários ou auxiliares, tanto da direita quanto da esquerda. Por existir esse livre trânsito nas linhas espirituais, os baianos podem ser encontrados tanto em uma sessão de direita, como de esquerda, dependendo das regras da casa. Ou, como acontece na maioria dos terreiros, possuírem um dia específico apenas para o trabalho dessa linha. 
  
A Linha dos Baianos  é, ao meu ver, uma das maiores provas de que a Umbanda é uma religião extremamente brasileira. Isso porque, é impossível imaginar uma linha de trabalho intitulada de baianos, na  Atlântida, na África ou em outros continentes que muitos defendem por aí.  

Outra questão que sempre gera dúvidas nos umbandistas iniciantes ou simpatizantes é o por que de uma linha intitulada Baianos? Será que existem também a linha dos gaúchos, cariocas, paulistas? 

A resposta é negativa. A opção da espiritualidade pela Bahia é lógica. Pois foi esse Estado a porta de entrada dos Orixás e toda a cultura africana no Brasil. Até nos dias atuais, ao falarmos da Bahia, logo imaginamos miçangas, Orixás, candomblé, etc. Esse lugar mistico que recebeu os filhos da mãe África ficará marcada para sempre. Dessa forma, a espiritualidade permitiu a organização de linhas de trabalhos que se manifestariam nos terreiros sob a proteção de Nosso Senhor do Bonfim, e que trariam todo o conhecimento da magia dos ancestrais. 

A Linha de Baianos é muito conhecida e requisitada para o desmanche de trabalhos de magia negra, para a realização de rituais de "abertura de caminhos", para encaminhamento de kiumbas e espíritos sofredores, entre outros. Apesar desse trabalho sério e respeitável, suas sessões são marcadas pela alegria, pela risada, pela dança. Todavia, não devemos esquecer que, apesar dessa forma de trabalho alegre, eles merecem o nosso respeito, assim como qualquer outra entidade que se manifeste à serviço da Umbanda. 

Em seus trabalhos, os baianos e baianas, utilizam-se de charutos e cigarros, como forma de descarrego e energização do ambiente, bem como a bebida alcoólica, geralmente a batida de coco,  também utilizada como ponto energético entre o guia e o médium. Utilizam-se também do coco fruta, para desmanche de trabalhos e realização de magias, bem como a "fundanga" (pólvora), para a limpeza e desobsessão. 



Também há muitas perguntas se a entidade que se manifesta como Baiano ou Baiana, de fato nasceu ou morou no Estado da Bahia? A resposta também é negativa. Nem todos os Baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas. Isso porque ao adentrar a Lei de Umbanda o espírito perde sua identidade e passa a integrar uma falange, uma Linha de trabalho, na qual aprende suas técnicas e magias nas escolas de Aruanda. Assim, o nome que  uma entidade passa em um terreiro, não significa que esse era seu nome quando encarnado, mas sim o nome da falange na qual integra. 





As falanges mais conhecidas da Linha de Baiano são:




- Mané Baiano

- Zé Baiano
- Zé da Estrada
- Zé da Estrada e dos Trilhos
- Zé do Côco
- Zé do Côco de Pernambuco
- Zé Tenório
- Zé Pereira
- Zeca do Côco
- Zézinho Bahiano
- Chico Baiano
- João Baiano
- Severino
- Joaquim Baiano
- Carcará
- Pai Baiano

- Juventino
- Juvêncio
- Baiana das Rosas
- Baiana das Miçangas
- Rosa Baiana
- Maria do Balaio
- Maria do Rosário
- Etc..
Suas cores são o vermelho e/ou laranjado. 
Suas oferendas levam velas vermelhas ou laranjas, côco, charutos,  farofa de carne de sol e batida de côco ou marafo, dependendo da entidade.
Não possuem um dia específico para sua louvação.
Não possuem saudação específica, sendo mais comum a utilização de "Salve o Povo da Bahia!".

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